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Celebrações da Semana Santa presididas por D. António

Num regresso, prolongado no tempo, com pequenos passos, tímidos, mas firmes e graduais, a Semana Santa deste ano da graça de 2022 já teve mais presença, mais proximidade, mais festa, mais fé, mais tradição. O compromisso é do sempre, viver e testemunhar a fé, partilhar as alegrias e as tristezas, renovar o compromisso em Igreja para que a fidelidade a Cristo transpareça no cuidado e serviço aos irmãos.

O senhor Bispo tem a sua “paróquia” na Catedral, é a sede do seu magistério e ministério episcopal, e aí se reuniu para presidir às celebrações do Tríduo Pascal. Antes do Tríduo, a Missa Crismal, na parte de manhã de quinta-feira santa, reunindo à sua volta o presbitério diocesano e os fiéis leigos que quiserem e puderam unir-se em oração pelos seus sacerdotes.

Na Missa crismal, os sacerdotes renovam as suas promessas sacerdotais, são benzidos os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o óleo do crisma.

O evangelho proclamado guia-nos à Sinagoga de Nazaré. Em dia de sábado, Jesus, como habitualmente, e como qualquer judeu, entra na Sinagoga, entregam-Lhe o livro de Isaías e Ele lê a passagem: «O Espírito do Senhor sobre mim, porque o Senhor me ungiu» (Isaías 61,1). A tradução, as frases e expressões que utilizarmos neste texto, são do nosso Bispo e retiradas do seu blogue “Mesa de Palavras”, com as pistas de reflexão para cada uma das celebrações destes dias santos. Depois de ler esta passagem, Jesus sentou-Se e fez a Sua homilia, breve e concisa, mas densa e clarificadora: Hoje cumpriu-se esta passagem da Escritura. D. António, na homilia proferida na Sé de Lamego, acentuou o HOJE da nossa condição batismal e sacerdotal. Só temos hoje para viver e anunciar o Evangelho. É hoje que Deus nos envia a anunciar a Boa Nova. É hoje que se realiza a nossa comunhão presbiteral. Bispo e presbitério de Lamego, em comunhão, ungidos pelo mesmo Senhor. E como discípulos missionários só temos HOJE para Lhe respondermos, para anunciarmos o Evangelho. Mas também os fiéis leigos são ungidos, são outros Cristos. Devem ser outros Cristos. A eles, o Senhor Bispo pediu que se unissem em oração pelos sacerdotes, pelos seus párocos.

Neste dia, como habitualmente, foram colocados em relevo os sacerdotes que completam, no corrente ano, 50 e 25 anos de sacerdócio. Celebram as suas Bodas de Ouro: Pe. José Pinto Rodrigues Guedes, monsenhor e pároco de Almacave, e Pe. Adriano Monteiro Cardoso, pároco de Penude. Deste grupo faziam parte o Pe. Adelino Duarte Ribeiro e o Pe. António Francisco dos Santos (depois Bispo de Aveiro e do Porto, sucessivamente), ambos falecidos. Celebram as suas Bodas de Prata Sacerdotais: Amadeu da Costa e Castro, Basílio da Assunção Firmino, José Fernando Duarte Mendes, Paulo Manuel Esteves Cardoso, Rui Manuel Borges Ribeiro e António Sérgio Alves Quelhas, este último ordenado na nossa diocese, mas ao serviço da diocese de Setúbal.

Na quinta-feira de tarde, a celebração da Ceia do Senhor. Os paroquianos da Sé, com o Sr. Bispo, com os párocos, com outros sacerdotes, formaram a Assembleia celebrante para viver a Ceia do Senhor, evocando a instituição da Eucaristia e do sacerdócio. Escreve o nosso Bispo: “Com esta celebração da Ceia do Senhor, em Quinta-Feira Santa, a Igreja Una e Santa reacende a memória da instituição da Eucaristia, do Sacerdócio e da Caridade, e dá início ao Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do seu Senhor (o Tríduo Pascal prolonga-se até às Vésperas II do Domingo da Ressurreição), que constitui o ponto mais alto do Ano Litúrgico, de onde tudo parte e aonde tudo chega, coração que bate de amor em cada passo dado, em cada gesto esboçado, em cada casa visitada, em cada mesa posta, em cada pedacinho de pão sonhado e partilhado. É assim que Deus nos dá a graça de caminhar durante todo o Ano Litúrgico, dia após dia, Domingo após Domingo, sempre partindo da Páscoa do Senhor, sempre chegando à Páscoa do Senhor”.

“Que o Senhor da nossa vida nos ensine a ser fiéis ao seu dizer e ao seu modo admirável de fazer. / Esta Quinta-Feira é Santa: Sabe a Deus, / Sabe a pão, / Sabe a alegria, / Sabe a Eucaristia!... Esta Quinta-Feira é Santa: Sabe a amor, / A dádiva da vida, / A uma lágrima comovida… Esta Quinta-Feira é Santa: / Sabe a Ceia / E a Jesus, / Luz grande que incendeia / As trevas do coração, / E faz nascer amor e comunhão” (D. António Couto, in Mesa de Palavras).

Na tarde de Sexta-feira santa, D. António presidiu à celebração da Paixão e Morte do Senhor. A celebração iniciou com o silêncio, com Bispo e sacerdotes prostrados diante do altar, seguindo-se a liturgia da Palavra, com a narração da Paixão segundo o Evangelho de São João, proclamado por três sacerdotes. Depois da homilia, a Oração dos Fiéis, pela Igreja, pelo Papa, pelos ministros sagrados, pelo nosso Bispo e pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos e pelos judeus, pelos que não creem em Cristo e pelos que não creem em Deus, pelos governantes e pelos atribulados. O segundo momento desta celebração é a adoração da Cruz, tendo-se feito levando em linha de conta o facto de ainda estarmos condicionados pela pandemia. Num terceiro momento, a distribuição da comunhão.

A propósito da celebração da Paixão, escreve o nosso Bispo: “Foi-nos dada a graça de nos reunirmos aqui, na Casa de Deus, nesta Sexta-Feira Santa, para celebrarmos, unidos de alma e coração à Igreja inteira, a Una e Santa, a Paixão do único Senhor da nossa vida, «Aquele que nos ama» (Apocalipse 1,5), Jesus Cristo… Adoremos nós também, com amor, neste Dia de Sexta-Feira Santa, a Santa Cruz do único Senhor da nossa vida… Vem, Senhor Jesus, / Entra pela janela dos meus olhos, / Enche todos os recantos do meu ser, / Ilumina todos os redutos, / E faz-me ver que todo o comodismo e egoísmo / É sem raiz nem flor nem frutos… / Irei, Senhor, / Em procissão de amor, / Beijar a tua Cruz. /… E quando eu olhar para ti, / Para o teu rosto ferido e desfigurado, / Para as tuas muitas chagas a sangrar, / Dá-me a graça de aí ver bem o meu pecado… / E quando Tu, Senhor, olhares para mim, / Com esse meigo olhar de serena compaixão, / Dá-me a graça de ver o teu perdão nunca poupado, / E de sair com o coração transfigurado”.

O grande sábado santo, com a maior das vigílias, em que se celebra a luz e a vida, a ressurreição de Cristo, que regressa e nos faz comunidade, nos reúne na alegria. No exterior da Sé, a bênção do lume novo e a preparação do Círio, símbolo na Luz que é Cristo, luzeiro que não se apaga, qual coluna de fogo que nos guia nos caminhos da vida, neste hoje da história. “Nós Vos pedimos, Senhor, que este círio, consagrado ao Vosso nome, arda incessantemente para dissipar as trevas da noite; e, subindo para Vós, como suave perfumem junte a sua claridade à das estrelas do céu. Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã, aquele astro que não tem ocaso: Jesus Cristo, Vosso Filho, que, ressuscitando de entre os mortos, iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz” (Precónio Pascal).

A Vigília envolve-nos na luz, num primeiro momento, e coloca-nos à escuta da Palavra de Deus, com diversas passagens da Sagrada Escritura, fazendo memória das maravilhas que Deus realizou através dos Patriarcas e dos Profetas, conduzindo-nos à Páscoa, à ressurreição de Jesus e ao testemunho das mulheres e dos apóstolos. Faz parte da Vigília Pascal a bênção da água batismal e, em algumas paróquias, em alguns anos, o batismo de pessoas adultas (catecúmenos).

“Este é o Dia em que desfiamos com amor o rosário das tuas maravilhas, tantas elas são, percorrendo a avenida das tuas Escrituras desde a Criação até à Páscoa, desde a Páscoa até à Criação. Tanto faz. Porque neste Dia novo o tempo não nos mede e nos afasta e nos cataloga em séculos e milénios, mas põe-nos todos a conviver lado a lado” (D. António, in Mesa de Palavras). E prossegue, D. António Couto, em jeito de prece: “Ilumina, Senhor, a tua Igreja Santa, e os seus novos filhos que hoje nascem na fonte batismal. Que os nossos passos sejam sempre firmes, e o nosso coração sempre fiel. Vem, Senhor Jesus! Aleluia!”

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